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Crítica: A colina Escarlate

colina

O romance gótico tirado da mente fantástica de Guillermo Del Toro, diretor de filmes como Hellboy e O labirinto do Fauno, conta a história da típica heroína feminina que luta por igualdade entre os gêneros.

Edith é habitante do novo mundo, filha de um importante engenheiro americano, que perdeu a mãe aos 14 anos com uma doença trágica.

O fantasma da mãe de Edith a visitou ainda quando pequena logo depois do ocorrido, a aparência cadavérica e cinzenta a assustou mais do que a reconfortou ao ter sua presença de volta. E com ela vem um aviso “Cuidado com a Colina Escarlate.”

A mente da menina fica conturbada com isso pelo resto da vida. Todos em que ela confiara o segredo da visão fantasmagórica a repreenderam dizendo que tudo não passava de pesadelos de uma mente traumatizada.

O livro assim como o filme transcende agora  para uma Edith adulta e mais madura. Mas o passado assustador e sombrio deixa respingos no presente. Ela escreve um livro sobre fantasmas e desacreditada em romances os ignora em sua história.

Então eis que surge o enigmático Thomas que se torna ainda mais misterioso, já que tudo que sabemos dele é exatamente o que ele nos conta. A sua primeira menção é feita por Eunice, irmã de Alan, melhor amigo de Edith, que nutre uma paixão pela moça.

Logo o inglês conquista o inocente coração da jovem e sua admiração. A sombria irmã de Thomas, Lucille Sharpe é introduzida a trama logo depois do rapaz e tanto sua aparência como atitudes geram dúvidas em torno dela. Ambos são donos de uma indústria de produção de argila, que misturada a neve frequente de Cumberland trazem a fantasmagórica sensação de um círculo sangrento em torno da casa.

Na mansão Edith  sente presenças de pessoas mortas no mesmo instante em que entra. Os avisos do além e as informações  que ele vem a conhecer põe em dúvida tudo o que ela sabia sobre os irmão Sharpe a relação entre eles e sua história familiar.

Chocante, gótico e romântico a Colina Escarlate explora os traumas da infância e as mentiras da mente humana. Os grandes vilões deste conto não são os fantasmas e sim os próprios seres humanos.

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